sábado, 29 de novembro de 2008

Capacite-me...


Para você me educar

Você precisa me conhecer, precisa saber a minha vida, meu modo de viver e sobreviver, conhecer a fundo as coisas nas quais eu creio e às quais me agarro nos momentos de solidão, desespero e sofrimento.

Você precisa saber entender as verdades, as pessoas e fatos aos quais eu atribuo forças superiores às minhas e às quais me entrego quando preciso ir além de mim mesmo.

Para você me educar, precisa me encontrar lá onde eu existo: no coração das coisas, nos mitos e nas lendas, nas cores e movimento, nas formas originais e fantásticas, nas estrelas, na terra, na força dos astros, do sol e da chuva.

Para me educar, precisa compreender a cultura do contexto em que se dá meu crescimento.
Suas linhas de força são as minhas energias.

Suas crenças e expectativas são as que passam a construir o meu credo e as minhas esperanças.
Mas eu também estou aberto para as outras culturas.

“Identidade cultural” não significa prisão que ocupo, mas abertura ao que é autenticamente nosso e ao que, vindo de fora nos pode fazer mais nós mesmos.
A cultura universal é produto de todos os homens.

Mas como posso contribuir com essa fraternidade se não tenho minha expressão cultural própria?

A educação que eu necessito é aquela que me faz mais eu, que desperta, do mistério do meu ser, as potencialidades adormecidas.
É uma educação que promove minha identidade pessoal.
Eu me educo fazendo cultura, e nesse ato de geração cultural, eu construo minha educação, conquisto o meu ser, na relação de diálogo do homem e da natureza.

Vital Didonet

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