terça-feira, 26 de abril de 2011

Tecnologia da informação..EAD>

O texto abaixo, traz um olhar criativo, dinâmico e fundamental para a compreensão da Educação a Distância.
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Desafios da televisão e do vídeo à escola[1]

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José Manuel Moran
Professor de Novas Tecnologias no Programa de Educação e Curriculum da PUC-SP
Assessor do Ministério de Educação para avaliação de cursos a distância
Coordenador de Tecnologia da Faculdade Sumaré - SP


Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação.

A televisão, o cinema e o vídeo - os meios de comunicação audiovisuais - desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.

A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstratelas e nos reality-shows como o Big-Brother e semelhantes.

Diante desse panorama, os educadores costumamos contrapor a diferença de funções e da missão da televisão e da escola. A TV somente entretém enquanto que a escola educa. Justamente porque a televisão não diz que educa o faz de forma mais competente. Ela domina os códigos de comunicação e os conteúdos significativos para cada grupo: os pesquisa, os aperfeiçoa, os atualiza. Nós educadores fazemos pequenas adaptações, damos um verniz de modernidade nas nossas aulas, mas fundamentalmente continuamos prendendo os alunos pela força e os mantemos confinados em espaços barulhentos, sufocantes, apertados e fazendo atividades pouco atraentes. Quem educa quem a longo prazo?


Como a televisão se comunica

Os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público. A TV fala primeiro do "sentimento" - o que você sentiu", não o que você conheceu; as idéias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva.

A televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as sensações e os sentimentos - nos tocam e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente.

Isso nos dá pistas para começar na sala de aula pelo sensorial, pelo afetivo, pelo que toca o aluno antes de falar de idéias, de conceitos, de teorias. Partir do concreto para o abstrato, do imediato para o mediato, da ação para a reflexão, da produção para a teorização.

A eficácia de comunicação dos meios eletrônicos, em particular da televisão, se deve também à capacidade de articulação, de superposição e de combinação de linguagens diferentes - imagens, falas, música, escrita - com uma narrativa fluida, uma lógica pouco delimitada, gêneros, conteúdos e limites éticos pouco precisos, o que lhe permite alto grau de entropia, de flexibilidade, de adaptação à concorrência, a novas situações. Num olhar distante tudo parece igual, tudo se repete, tudo se copia; ao olhar mais de perto, por trás da fórmula conhecida, há mil nuances, detalhes que introduzem variantes adaptadoras e diferenciadoras.

A força da linguagem audiovisual está em que consegue dizer muito mais do que captamos, chegar simultaneamente por muitos mais caminhos do que conscientemente percebemos e encontra dentro de nós uma repercussão em imagens básicas, centrais, simbólicas, arquetípicas, com as quais nos identificamos ou que se relacionam conosco de alguma forma.[2]

Televisão e vídeo combinam a dimensão espacial com a sinestésica, ritmos rápidos e lentos, narrativas de impacto e de relaxamento. Combinam a comunicação sensorial com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão. A integração começa pelo sensorial, o emocional e o intuitivo, para atingir posteriormente o racional. Exploram o voyeurismo, e mostram até a exaustão planos, ângulos, replay de determinadas cenas, situações, pessoas, grupos, enquanto ignoram a maior parte do que acontece no cotidiano. Mostram a exceção, o inusitado, o chocante, o horripilante, mas também o terno – um bebê desamparado, por exemplo. Destacam os que detêm atualmente algum poder – político, econômico ou de identificação/projeção: artistas, modelos, ídolos esportivos. Quando o perdem, desaparecem da tela.[3]

A organização da narrativa televisiva, das situações, idéias e valores é muito mais flexível e contraditória do que a da escola. As associações são feitas por semelhança, por contraste, muitas vezes estéticos. As temáticas evoluem de acordo com o momento, a audiência, o impacto.

Os temas são pouco aprofundados, explorando os ângulos emocionais, contraditórios, inesperados. Passam a informação em pequenas doses (de forma compactada), organizadas em forma de mosaico (rápidas sínteses de cada assunto) e com apresentação variada (cada tema dura pouco e é ilustrado).

A televisão estabelece uma conexão aparentemente lógica entre mostrar e demonstrar. Mostrar é igual a demonstrar, a provar, a comprovar. Uma situação isolada converte-se em situação paradigmática, padrão, universal. Ao mesmo tempo, o não mostrar equivale a não existir, a não acontecer. O que não se vê, perde existência.[4]


Estratégias de utilização da TV e do vídeo

Diante dessas linguagens tão sofisticadas a escola pode partir delas, conhecê-las, ter materiais audiovisuais mais próximos da sensibilidade dos alunos. Gravar materiais da TV Escola, alguns dos canais comerciais, dos canais da TV a cabo ou por satélite e planejar estratégias de inserir esses materiais e atividades que sejam dinâmicas, interessantes, mobilizadoras e significativas.[5]

A televisão e a Internet não são somente tecnologias de apoio às aulas, são mídias, meios de comunicação. Podemos analisa-las, dominar suas linguagens e produzir, divulgar o que fazemos. Podemos incentivar que os alunos filmem, apresentem suas pesquisas em vídeo, em CD ou em páginas WEB - páginas na Internet. E depois analisar as produções dos alunos e a partir delas ampliar a reflexão teórica.

A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrá-lo na sala de aula, discutindo-o com os alunos, ajudando-os a que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto. Fazer re-leituras de alguns programas em cada área do conhecimento, partindo da visão que os alunos têm, e ajuda-los a avançar de forma suave, sem imposições nem maniqueísmos (bem x mal).[6]


Conclusão

A televisão, o cinema, a Internet e demais tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou que desejamos. Se somos pessoas abertas, nos ajudam a comunicar-nos de forma mais confiante, carinhosa e confiante; se somos fechadas, contribuem para aumentar as formas de controle. Se temos propostas inovadoras, facilitam a mudança.

Educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Temos feito apenas adaptações, pequenas mudanças. Agora, na escola, no trabalho e em casa, podemos aprender continuamente, de forma flexível, reunidos numa sala ou distantes geograficamente, mas conectados através de redes de televisão e da Internet. O presencial se torna mais virtual e a educação a distância se torna mais presencial. Os encontros em um mesmo espaço físico se combinam com os encontros virtuais, a distância, através da Internet e da televisão.

Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação tradicional não nos servem mais. Por isso é importante experimentar algo novo em cada semestre. Fazer as experiências possíveis nas nossas condições concretas. Perguntar-nos no começo de cada semestre: “O que estou fazendo de diferente neste curso? O que vou propor e avaliar de forma inovadora?” Assim, pouco a pouco iremos avançando e mudando.

Podemos começar por formas de utilização das novas tecnologias mais simples e ir assumindo atividades mais complexas. Experimentar, avaliar e experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias.

Caminhamos para uma flexibilização forte de cursos, tempos, espaços, gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a experimentar pessoal e institucionalmente a integração de tecnologias audiovisuais, telemáticas (Internet) e impressas.

Vivemos uma época de grandes desafios no ensino focado na aprendizagem. E vale a pena pesquisar novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do sensorial, emocional, racional e do ético; do presencial e do virtual; de integração da escola, do trabalho e da vida.



José Manuel Moran
jmmoran@usp.br
www.eca.usp.br/prof/moran


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[1] Texto de apoio à Serie "As Tecnologias na Educação Básica" do programa Salto para o Futuro da TV Escola do dia 25/06/2002, disponível em www.tvebrasil.com.br/salto/tedh/tedhtxt2b.htm

[2] Um livro importante para entender as linguagens e formas de utilização do vídeo é o de Joan FERRÉS. Vídeo e Educação. 2a ed., Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.

[3] Maiores informações em MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo, Brasiliense, 1988.

[4] Para entender as mudanças da cultura audiovisual, recomendo o livro Os novos modos de compreender de Pierre BABIN e Marie KOULOUMDJIAN. São Paulo, Paulinas, 1989.

[5] No meu artigo O vídeo na sala de aula apresento algumas situações e formas de utilizar o vídeo. Pode ser acessado em www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm

[6] A utilização inovadora da televisão, Internet e outras tecnologias na educação pode ser aprofundada no livro Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica de MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. 4ª ed., Campinas, Papirus, 2001.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

RESSURREIÇÂO

Feliz Páscoa!

A ressurreição de Jesus é a verdade central da fé Cristã. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:14-17 “E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados. Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.”
Que ensina a Bíblia sobre a nossa ressurreição da morte? A nossa ressurreição é certa por causa da ressurreição de Jesus. A Bíblia diz em 1 Coríntios 15:12-14 “Ora, se se prega que Cristo foi ressucitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos? Mas se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.”

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vale a pena assistir.

http://transnet.ning.com/video/video/show?id=2018942%3AVideo%3A80426



UM 3X4 DA REAL DESIGUALDADE.

Atualmente, a população mundial conta com mais de 6,8 bilhões de pessoas. De acordo com dados da ONU e seu órgão para Agricultura e Alimentação (FAO), 925 milhões desse total passam fome. Trata-se de um contingente equivalente a 5 vezes o total da população brasileira! Além disso, vale registrar que as crianças são as que mais sofrem com tal quadro. Quase um terço das crianças nascidas no chamado Terceiro Mundo, ou seja, 180 milhões, apresentam problemas de desenvolvimento físico e intelectual em razão de problemas de subnutrição nos primeiros 5 anos de vida. SAIBA MAIS, LEIAe Paulo Kliass.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ESPERTO OU EXPERTO?

No mundo do conhecimento e trabalho, precisamos vigiar muito, principalmente nossa escrita.
> Essa troca é bem interessante, sempre aprendemos mais.
> Esperto vs. experto
>
> Esse par de homônimos pode eventualmente levar-nos a pensar haver erro onde não há. Ambos podem ser adjetivos e substantivos. Vejamos os sentidos dessas palavras na condição de substantivos em diferentes contextos:
>
> Esperto – Indivíduo astuto e malicioso. Espertalhão. Exemplos: “O mundo é dos espertos” e “Não quero esperto como sócio”.
> Experto – Pessoa dotada de grande habilidade ou conhecimento. Especialista. Nesta última acepção, equivale
> a “perito”. Exemplos: “Procure ouvir a opinião de algum experto” e “O experto sabe distinguir os diferentes tipos de ouro”.
> Muitas vezes, deparamos com o emprego, em textos em português ou mesmo na conversação, da forma inglesa “expert”. Evidentemente, trata-se de desconhecimento ou, o que é pior, de comportamento colonizado, já que possuímos a forma vernácula a disposição. O curioso é que aquela palavra, tal qual a portuguesa, provém da mesma fonte: o latim “expertu”.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Novo Ano, Tudo Novo


Conselhos Produtivos...Faça contatos, ganhe visibilidade!
Possuir uma formação acadêmica de qualidade e adquirir experiência no mercado de trabalho são a base para o sucesso profissional, mas somente cumprir esses requisitos não é o suficiente, pois é preciso ser conhecido e reconhecido. Por isso, aproveite o novo ano para investir em sua rede de contatos. Participe de eventos, grupos de discussão, se atualize, divulgue seu currículo e trabalhe seu marketing pessoal. Saiba Mais

Invista em você mesmo
Mantenha-se informado e antenado sobre o que está acontecendo na sua área de interesse profissional. Faça cursos de capacitação, participe de palestras, seminários e congressos. Nesses eventos ganha-se muito, não só com relação ao conhecimento adquirido, mas também é uma excelente oportunidade para aumentar a sua rede de contatos. Saiba Mais

Desenvolva um planejamento
De nada adianta investir em formação pessoal e relacionamentos sem um planejamento organizado para o ano todo (e até mais!). Trace seus objetivos e avalie quais podem ser os caminhos viáveis para sua concretização. Visualize a longo prazo. Neste percurso é fundamental que se encontre um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional a fim de ter qualidade de vida ao administrar melhor o seu tempo e suas atividades. Saiba mais.

Tome decisões importantes
Não tenha medo de tomar grandes decisões. Cansou do seu emprego e quer pedir demissão? Quer largar tudo e abrir um próprio negócio? São decisões arriscadas, mas que com planejamento e dedicação podem trazer um grande retorno. Mas lembre-se: não basta apenas planejar, é necessário que se coloque em prática. Se você está insatisfeito com alguma situação profissional, esta é a hora de mudar. Veja opções de caminhos a seguir em 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FELIZ ANO NOVO.


Seja você mesmo

Paulo Roberto Gaefke



Seja você mesmo, o feliz ano novo que sempre deseja para os outros, seja você a novidade de vida, o que vai renascer, carregue-se de dedicação e coragem, coragem para mudar tudo aquilo que você sabe que precisa mudar, dedicação para deixar no ano que vai passar os velhos hábitos ruins, os vícios, a preguiça, o medo de transformar-se, a insegurança de dar o primeiro passo, a falta de confiança no amor e nas pessoas.



Seja você o portador do novo, enfeite a sua alma com as melhores intenções, deseje de verdade a mudança, comece pelo seu próprio otimismo, tenha a mais absoluta certeza de que o novo já está em você, e acredite, que o melhor ano da sua vida começa agora, justamente nesse momento, em que você decidiu, que a novidade está em ser exatamente como você é, sem representar nada, apenas melhorando o que já é bom.



Que as luzes do novo ano, acenda em você o desejo sincero de ser melhor a cada dia, porque o mundo melhor que todos nós sonhamos, começa exatamente na sua casa, no ser iluminado que habita em você.
Feliz ano novo, sempre...

Feliz Ano Novo a todos vocês meus amigos que eu conquistei nesse 2010. Que o ano de 2011 seja um ano de muita paz, amor, sucesso, saúde, espiritualidade, harmonia para todos vocês!

Feliz Ano Novo!